sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Que Lua?


Hoje li que a NASA descobriu fortes evidências que existe água na Lua. Sempre que leio algo sobre o espaço me fascina o fato de nunca termos voltado lá. Outro dia pesquisando na net entrei neste site www.afraudedoseculo.com.br

Nele o autor André Basílio garante ter encontrado cerca de 24 indícios de que a imagem que paira sobre o imaginário popular de um homenzinho pulando de branco num espaço com o fundo negro seja a maior farsa de todos os tempos.

As vezes acho que faço parte dos que duvidam de que o homem algum dia tenha pisado na Lua. Posso também dar a minha versão com as seguintes perguntas:

- Por que após 40 anos, com uma tecnologia mais avançadas, ainda não voltamos á lua?
- Trabalho em TV e me pergunto que tipo de equipamento usaram para se comunicar com a terra em tempo real.
- Por que estão planejando voltar somente na década de 2020?
- Por que a NASA não encontrou água na Lua na sua primeira visita há 40 anos? E por que um comitê especial, formado a pedido do presidente Barack Obama, entregou um relatório no mês passado afirmando que é quase impossível a NASA seguir com o plano de voltar à lua daqui a 10 anos devido aos custos do projeto com combustível?
E mais uma pergunta que não me sai da cabeça... como o homem planeja ir a Marte se não consegue voltar à Lua?

Um dos videos mais engraçados que vi:

">


Tadeu explica:

">


Acho que estou mesmo é fazendo parte dos brasileiros totalmente descrentes das coisas. Mas se fosse enumerar aqui todos os “grandes feitos” que me cheiram a fraudes... teria que mudar meu nome e viver em marte sozinho.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

CASO UNIBAM


Abstive-me um pouco de comentar um fato bastante divulgado em todos os veículos de comunicação: o caso da aluna, motivo de chacota, na Unibam. Como bom virginiano que sou preferi observar mais o andar da carruagem. Depois de ouvir, esta semana, a entrevista do vice-reitor da faculdade que insiste em culpar a aluna. Decidi me manifestar.


Em primeiro lugar acho que o episódio é mais uma prova da visão bancária da educação que tem se instalado em muitas faculdades particulares no Brasil. Elege-se um padrão de imagem para conquistar alunos, postado em outdoor´s por todos os cantos. Quem já não viu mensagens como: "Eu sou fulano de tal e você quem é?" ou "Faça parte do melhor" sempre acompanhado de fotos de jovens, que aparentam sucesso e vitória. Então muitos pais apóiam seus filhos a ingressar em tais instituições. Li no blog do Luís Nassif que o Brasil possui mais de 1.200 faculdades de direito, ao passo que nos EUA são 182. Temos mais faculdades de direito que a Europa tem de faculdades de medicina! E o que farão estes jovens com um diploma?


Em Outubro, a Folha de São Paulo divulgou dados do concurso público para garis no Rio de Janeiro. Entre os candidatos estavam 22 mestres, 45 doutores e 1.026 candidatos com nível superior. Um dos candidatos chegou a declarar o seguinte: "Disseram que eu era maluco, que eu ia ficar fedendo a lixo... Mas a faculdade hoje não garante emprego nem estabilidade para ninguém. Eu quero segurança" disse em entrevista um aluno de história de uma faculdade particular carioca. O Brasil está chegando a uma realidade já vivida por jovens europeus e norte-americanos: alto índice de desemprego entre jovens qualificados. Em Portugal, por exemplo, o índice de jovens formados e desempregados já é superior ao do restante da Europa: 61%. Um detalhe importante: o ensino privado no país tem peso (número de instituições) proporcional ao do Brasil.

Mas e o que tem isso haver com o triste episódio da Unibam, você pode estar se perguntando. Eu respondo: tudo. A jovem com o vestido curto é a dissonância cognitiva da imagem que a instituição quer passar. Aliás, acho que a jovem deve sair da instituição não só por esse motivo, mas pelo simples fato do curso que ela estuda (Turismo) ter sido avaliado pelo Enade em 2006 e ter alcançado apenas 2 pontos no Indicador de Diferença de Desempenho (IDD) segundo o Mec. Somente a nota já coloca o curso em risco. Acho que agora é xeque-mate.

sábado, 7 de novembro de 2009

Antifumo


Ontem fui ao Café com Letras, na Savassi, e enquanto observava o menu uma fumaça pairava no ar e atrapalhava minha escolha. Eu mal havia ingerido um chopp mas meus pulmões já estavam “saciados” com os 5 mil elementos que compunha a névoa inebriante. A configuração do espaço me obrigou a ficar menos de uma hora no local quase que irrespirável. Uma lástima, pois a música estava ótima e a companhia dos amigos também. Os fumantes - para mim, os seres mais egoístas do mundo, quiçá do universo - ensaiavam um gesto ridículo, colocando os cigarros fora do seu círculo para que a fumaça não atrapalhasse a respiração dos chegados em suas mesas.

Tenho inveja dos paulistanos. Semana passada, frequentei os cafés da metrópole. No Café Brasserie Belavista, lotado às 2h da madrugada, o ambiente livre de fumaça era um verdadeiro convite ao deleite. Eu e meu amigo Luiz Goulart, também não fumante, conversávamos sobre os filmes da Mostra Internacional de Cinema. A lei antifumo em São Paulo já se instalou da mesma forma que a fumaça infesta qualquer bar e boate de Belo Horizonte.

Na Assembléia Legislativa, em BH, está para ser aprovada nos próximos dias a lei antifumo que proibirá os viciados de fumarem em lugares fechados, públicos ou privados em Minas.

Como dizem os mineiros da capital: Ôoooh glória!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Número 1

Quero dedicar o meu primeiro post a um poeta satírico, proíbido e barroco. Um poeta soteropolitano nascido no séc XVI: Gregório de Matos.




Eis o meu soneto preferido;



Carregado de mim ando no mundo,
E o grande peso embarga-me as passadas,
Que como ando por vias desusadas,
Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo.

O remédio será seguir o imundo
Caminho, onde dos mais vejo as pisadas,
Que as bestas andam juntas mais ousadas,
Do que anda só o engenho mais profundo.

Não é fácil viver entre os insanos,
Erra, quem presumir que sabe tudo,
Se o atalho não soube dos seus danos.

O prudente varão há de ser mudo,
Que é melhor neste mundo, mar de enganos,
Ser louco c'os demais, que só, sisudo.

Gregório de Matos